Fonte: Clic Camaquã
O que é a PIX?
O PIX é o novo sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, que funcionará como as modalidades de TED e DOC, mas com mais vantagens.
Para o quê serve o PIX?
A nova modalidade visa substituir a troca de dinheiro em espécie entre as pessoas, além das transações de débito e das realizadas por meio de transferências bancárias (TED ou DOC).
Motivo de muita expectativa entre os empreendedores por permitir que transações bancárias possam ser realizadas em qualquer dia e horário, o pix ainda gera muitas dúvidas sobre a sua utilização. O novo meio de pagamentos e transferências, que já está em fase de testes, começará a operar de forma ampla a partir da próxima segunda-feira, dia 16 de novembro. “Em pouco tempo o PIX tem potencial para se tornar um dos principais meios de pagamento utilizados pelos consumidores. Ele estará disponível a todo tempo, sendo uma operação instantânea e diminuindo os custos de transação,” afirma o coordenador do núcleo de acesso a serviços Financeiros do Sebrae RS.
Todos os usuários que aderiram ao novo sistema poderão ter acesso às funcionalidades do serviço, o que irá facilitar as rotinas, principalmente dos pequenos negócios. Pagamento instantâneo, praticidade e baixo custo são apontados como as principais vantagens do novo meio de pagamento. Mas há dúvidas sobre a operação e os custos. De acordo com especialistas, as pessoas físicas e os microempreendedores individuais (MEIs) possuem as mesmas regras de isenção e de possibilidade de tarifação. Estão isentos de cobrança de tarifas para fazer um PIX com a finalidade de transferência ou compra ou para receber um PIX com a finalidade de transferência. Há apenas duas situações em que poderão ser tarifados. A primeira delas é quando o canal utilizado para o atendimento é presencial ou pessoal da instituição, inclusive por telefone. A outra é quando o PIX recebido tem a finalidade de pagamento de uma compra de um produto ou serviço.
Ainda sobre a tarifação do PIX, é importante avaliar que há modelos distintos de precificação entre as instituições financeiras e de pagamentos autorizados que ofertam o PIX. Portanto, é necessário pesquisar juntamente a essas instituições as condições da prestação de serviços. Vale verificar as taxas cobradas onde o empreendedor já está cadastrado ou até mesmo buscar uma opção mais vantajosa. As regras de isenção e de tarifação do novo meio de pagamento também não fazem diferença entre fazer uma transferência para o mesmo banco ou para bancos diferentes.
Para usar o PIX não é necessário a maquininha ou qualquer outro dispositivo, pois o pagamento é feito diretamente pelos canais digitais como aplicativo ou internet banking. O pagamento pode ser realizado diretamente pelo uso do telefone celular acessando a conta pelo aplicativo da instituição, por exemplo. No caso de uso de QR Code dinâmico, podem ser usados dispositivos para apresentar o QR Code, sejam eles totens e monitores. Já para receber um pagamento pelo PIX, o empresário pode gerar um QR Code e apresentá-lo ao pagador ou informar a sua chave PIX para receber uma transferência. O QR Code pode ser gerado uma única vez ou pode ser gerado a cada nova transação, a depender da escolha do empresário. Existem dois tipos de QR Code, o estático e o dinâmico. Ambos servem para receber um ou mais PIX e podem ser gerados pela instituição financeira ou de pagamento na qual você possua conta. Você pode imprimir o QR Code estático, por exemplo, e disponibilizar dentro da sua loja e toda vez que for receber um pagamento, incluir o valor da cobrança. No caso do QR Code dinâmico, o valor é gerado automaticamente pelo sistema.
Outra característica da nova ferramenta desenvolvida pelo Banco Central é a segurança. Todas as operações do PIX são rastreáveis, o que significa que o Banco Central e as instituições envolvidas podem, a mando das autoridades competentes, identificar os titulares das contas de origem e de destino de toda e qualquer transação de pagamento. Além disso, cada cliente poderá ter limites de valores para suas transações, baseados nos limites que já tem em outros instrumentos de pagamento, como cartão de débito e TED. Transações intrabancárias, que já são instantâneas, costumam ter limites maiores, inclusive. Tais limites poderão variar a depender do perfil de cada cliente, do período, da titularidade da conta, do canal de atendimento e do procedimento para iniciação.
PRINCIPAIS VANTAGENS
– Informações agregadas: uso da tecnologia que facilita a automação de processos e a conciliação dos pagamentos
– Segurança: mecanismos robustos e medidas que ampliam a segurança das transações
– Oportunidade: o novo meio de pagamento gera mais competição, barateando custos
– Disponibilidade: transações em qualquer dia e horário, incluindo sábado, domingo e feriados
– Multiplicidade: as transações podem ser feitas entre pessoa física, pessoa jurídica e governo, inclusive entre cotas de diferentes instituições
– Velocidade: transferências ou pagamentos concluídos em até 10 segundos
– Inclusão financeira: meio de pagamento acessível e democrático, ofertado por diversos agentes financeiros – cooperativas, bancos, fintechs, garantindo que mais pessoas e pequenos negócios possam aproveitar.
Volume
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, disse nesta quarta-feira que o PIX será mais um instrumento para reduzir o volume de papel-moeda em circulação no país. O uso de dinheiro em espécie, segundo ele, tem alto custo para a instituição e para os bancos.
“O papel-moeda é caro para autoridade monetária e para sistema financeiro. Transportar papel-moeda em um país continental é caríssimo, estimamos um gasto de cerca de R$ 10 bilhões por ano com empresas de transporte de valores, sem contabilizar outros custos de segurança pública”.
Ele lembrou que foi precisou lançar uma nova cédula de R$ 200 no começo de setembro para suprir a demanda por papel-moeda na pandemia, especialmente devido ao pagamento do auxílio emergencial pelo governo a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais.
“O BC não vai se furtar a ofertar moeda quando houver demanda social, como ocorreu durante a pandemia. Mas a ideia no médio e longo prazo é processo contínuo de digitalização e substituição de papel-moeda. O PIX é mais um instrumento nessa direção”, completou.
Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nota de R$ 200. De acordo com o BC, o custo de produção da nova nota é de R$ 325 por mil cédulas. Para comparação, a cédula de R$ 100 custa R$ 280 a cada mil notas produzidas.